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Título: Mecanismos para a consolidação do encadeamento produtivo do APL Madeira-Móveis na mesorregião do alto Solimões do Estado do Amazonas
Autor(es): Sérgio Luiz Ferreira Gonçalves
metadata.dc.publisher.institution: Universidade Federal do Amazonas
Cidade: Manaus
Estado: AM
Tipo: Econômica Tecnológica
Ano do Prêmio: 2006
Classificação: Sem Classificação
Palavras-chave: APL
Madeira-moveis
Descrição: O Estado do Amazonas é o maior estado da Federação com 1,59 milhões de km2 de extensão, dos quais 95% são de florestas naturais (IBGE 2004). Somado a esse patrimônio, o Amazonas também possui um patrimônio sociocultural inestimável, representado por populações ribeirinhas, extrativistas, indígenas e pescadores com pouco ou quase nenhum acesso e conhecimento da economia de mercado que regem muitos dos produtos atualmente comercializados por elas. A conservação dos patrimônios concomitantemente ao ordenamento do uso da terra necessitam de políticas públicas calcadas nos princípios e conceitos do desenvolvimento sustentável. Sob essa ótica, projetos governamentais começaram a ser desenvolvidos com o objetivo de melhoria da qualidade de vida de tais populações, geração de emprego e renda aliados a conservação da natureza. Pretendia-se buscar recursos e aplicá-los no benefício das populações envolvidas em atividades extrativistas que indiretamente promovem a conservação dos recursos naturais, mas se encontra com fndices de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo do mínimo aceitável. Uma das estratégias adotadas visa à difusão do manejo florestal de modo que se fomentou um número significativo de Planos de Manejo Florestal Sustentável em Pequena Escala, dos quais atualmente 544 planos foram elaborados. Desses, 231 estão licenciados e 313 em tramitação no Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM (2006) para atingir um grau de entendimento capaz de desmistificar a distância do estado sobre cadeias produtivas clandestinas da madeira/móveis e estimular a produção florestal em bases sustentáveis e legais. Para complementar essa estratégia, um grande esforço vem sendo dispensado nessa mesorregião do Alto Solimões, com intuído de dinamizar os extremos da cadeia produtiva, em especial o arranjo produtivo local madeireiro. Assim sendo, algumas iniciativas que geraram parcerias foram formalizadas de modo que pudesse perseguir e intensificar as ações. Como exemplo, cita-se o Projeto de Fortalecimento do Arranjo Produtivo da Madeira na Mesorregião do Alto Solimões, na ordem de R$ 1,2 milhões, apoiado pelo Ministério da Integração, que destacamos em razão de apresentar como objetivo maior o fortalecimento do arranjo produtivo local madeireiro de forma integrada, gerando arranjos sistematizados em forma de três polos de desenvolvimento (Polo I – Tabatinga, Atalaia do Norte e Benjamin Constant; Polo II – Tonantins, Amaturá, São Paulo de Olivença e Santo Antônio do Iça; e Polo III – Jutaí e Fonte Boa), tendo como alicerce a capacitação, assistência técnica, aquisição de equipamentos e melhoria na infraestrutura, com vistas à criação de serrarias escola para a comunidade, sem, contudo, prever a interação necessária dos atores de cada município dos polos. Em razão dos diferentes níveis de organização e consequentes entraves na produção, o Polo II é o que apresenta o maior desafio de conjugar as condições locais (ambientais, sociais e econômicas) com soluções tecnológicas diferenciadas, o que seria considerar que essas soluções tecnológicas, adaptadas à realidade local, possam significar ganhos de eficiência e redução de custos, e inserção das externalidades sociais na atividade produtiva existente nos municípios do Polo. Em situação semelhante, Gonçalves (2001) comenta que tais evidências permitem assegurar que a produção florestal até a comercialização, e seus potencias gargalos, devem ser entendidos dentro de uma abordagem mais tecnocientífica, nesse caso específico, por oportunidade de projetos complementares as iniciativas já em execução na mesorregião do Alto Solimões. Diante dessas exposições acreditamos ser necessário, um esforço adicional para o encadeamento produtivo entre os municípios que compõem o Polo II da mesorregião do Alto Solimões com foco na efetividade da atividade produtiva e a possibilidade de replicação, justificando a assertiva de referenciar alguns pressupostos do desenvolvimento local integrado, da construção de identidade das localidades, da promoção do empreendedorismo e da concentração de esforços em certo objetivo ou missão, logo, o tema o duster surge como fator aglutinador nos diferentes municípios. Nesse contexto, ressalta-se que as “tecnologias da sustentabilidade” que propiciam o encadeamento produtivo são tecnologias de processos e produtos, não se configurando como unidades isoladas, mas como sistemas totais, que incluem conhecimentos técnicos e científicos, procedimentos, bens e serviços e equipamentos, assim como os procedimentos de organização e manejo, devendo ser compatíveis com as prioridades socioeconómicas, culturais e ambientais nacionalmente determinadas. (MMA, 2000).
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