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http://repositorioamazonia.ibict.br/handle/1/484
Título: | Gerando diversificação florestal, gestão comunitária e conservação: fortalecimento de comunidades extrativistas no Acre, Brasil |
Autor(es): | Maria Lucia Rodrigues Santos |
metadata.dc.publisher.institution: | Centro Nacional de Desenvolvimento Sustentado das Populações Tradicionais – CNPT/IBAMA |
Cidade: | Rio Branco |
Estado: | AC |
Tipo: | Econômica Tecnológica |
Ano do Prêmio: | 2006 |
Classificação: | Sem Classificação |
Palavras-chave: | Gestão Estrativismo |
Descrição: | As populações extrativistas na Amazônia historicamente têm sido afetadas pela pobreza e ausência de proposição de alternativas que contribuam para a sua melhoria de vida. Nas reservas extrativistas (RESEX) que foram concebidas, no fim da década de 80 do século passado, como um modelo para balancear conservação ambiental e desenvolvimento comunitário na região, o avanço da pecuária e agricultura tem contribuído para o aumento do desmatamento. Essa situação tem resultado num processo cíclico de degradação do solo, redução da produtividade agrícola e da qualidade do pasto e consequentemente maior pressão de desmatamento. Adicionalmente esse contexto afetou a qualidade de subsistência familiar, na qual a renda gerada com produtos florestais não- madeireiros (PFNM) não têm sido suficiente para substituir os bens produzidos na propriedade por produtos comprados no mercado. Apesar desses dilemas, um estudo recente (NEPSTAD et ai 2006) tem confirmado a importância dessas áreas para a conservação florestal na Amazônia. A continuidade dessa eficiência para a manutenção da biodiversidade local, dependerá da definição de estratégias contribuindo para a manutenção do modo de vida seringueiro, o qual tem se baseado na combinação de várias estratégias de uso da terra sob o sustentáculo de PFNM. No Estado do Acre, onde foram criadas as primeiras duas RESEXs no Brasil, nos últimos 7 anos o governo tem buscado consolidar uma estratégia de crescimento econômico de base florestal aliado a objetivos de conservação ambiental. Populações extrativistas têm sido uma das prioridades dessa inovadora política pública amazônica. Todavia, moradores de RESEX e suas organizações dessa região têm sido desafiados a propor mecanismos que validem a eficácia socioambiental desses modelos fundiários a partir de três ações estratégicas emergentes: 1) diversificação produtiva priorizando o manejo florestal não-madeireiro; 2) fortalecimento da capacidade de gestão comunitária; e 3) consolidação do potencial familiar de comercialização. Sob a coordenação e facilitação da Associação de Seringueiros e Pequenos Produtores Rurais Vila Nova (ASVL) e apoio do Centro Nacional de Desenvolvimento Sustentado das Populações Tradicionais (CNPT), um consórcio de organizações parceiras constituído por uma cooperativa agroextrativista, duas ONGs, uma prefeitura, uma agência federal, uma secretaria estadual, uma universidade e uma entidade privada de apoio empresarial, contribuirá para que esses três eixos prioritários sejam consolidados nessa comunidade como um modelo de gestão integrada para as Reservas Extrativistas. A ASVL foi criada em 2001 e está constituída por 120 famílias do seringal Vila Nova, localizado na RESEX Chico Mendes. Desde sua criação, em 1990, a Chico Mendes tem sido desafiada a mostrar sua viabilidade social, econômica, cultural e ambiental. Sua continuidade como modelo comunitário será medido pela capacidade de seus moradores em combinar estratégias de gestão, diversificação produtiva e comercialização com conservação ambiental e melhoria de vida. As famílias da ASVL têm sido protagonistas-chave na proposição de alternativas econômicas e ao desmatamento na região. Apesar desse fato, estudos da Universidade Federal do Acre (UFAC) têm estimado que a renda per capita mensal dessa comunidade tem sido estimada em menos que R$ 50,00, isto é, abaixo de US$ 1.00/dia (SOUZA, 2006; REGO, 2003). Carência de capacidade gerencial, inexistência de assistência técnica apoiando a diversificação produtiva e desconhecimento de mercado têm sido as principais barreiras ao aumento da renda familiar entre os extrativistas (SANTOS, 2004). Objetivando complementar o mapeamento desses limitantes e identificação de soluções, desde o início de 2005 um diagnóstico tem sido realizado na comunidade Vila Nova, com apoio do Centro Nacional de Desenvolvimento Sustentável das Populações Tradicionais (CNPT) para elaborar um plano operacional com as famílias. Foi nesse contexto que esta proposta foi elaborada. |
Aparece nas coleções: | Econômica Tecnológica |
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