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http://repositorioamazonia.ibict.br/handle/1/478
Título: | Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA |
Autor(es): | Luiz Antonio de Oliveira |
Co-autor(es): | Arlem Nascimento de Oliveira |
metadata.dc.publisher.institution: | Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA |
Tipo: | Econômica Tecnológica |
Ano do Prêmio: | 2006 |
Classificação: | Sem Classificação |
Palavras-chave: | Peixe Rios Comunidade |
Descrição: | O consumo per capita de peixes na capital de Manaus é de aproximadamente 22 kg ano/1, o que corresponde a quatro vezes o consumo médio nacional. Apesar disso, todo o mês, estima-se que cerca de 30 toneladas de peixes e seus resíduos (escamas, barbatanas, cabeças, espinhaços e vísceras) sejam desperdiçados pela população. Em razão de problemas de processamento e condições de estocagem, peixes inteiros são também desperdiçados. O acúmulo desses subprodutos no meio ambiente representa um grave problema não apenas para a indústria do pescado, mas para a sociedade como um todo. Comumente, esse material tem sido convertido em farinha de peixe, sendo usado na alimentação animal (aves, suínos, peixes etc.). Porém, estudos capazes de originar outras tecnologias que culminem simultaneamente na redução da poluição ambiental e a agregação de valor comercial desses subprodutos devem ser desenvolvidos. O INPA desenvolveu uma tecnologia de aproveitamento do couro dos peixes para a confecção de carteiras, cintos etc., mas ainda se torna necessário um uso mais adequado dos resíduos não utilizáveis dos peixes. Com a expansão da biotecnologia, houve um crescente aumento na demanda por fontes mais baratas de carbono e nitrogênio. A utilização de fontes baratas nos processos de fermentação reduz significativamente os custos de produção de vários produtos industriais, como antibióticos, enzimas, pigmentos etc. A ampla disponibilidade de subprodutos de peixe aliada a seu alto conteúdo protéico (15% a 25%), faz desses resíduos uma fonte em potencial de substratos baratos para as mais diversas aplicações. Uma dessas seria a obtenção de metabólitos secundários de grande interesse biotecnológico, caso das enzimas microbianas, omega 3 e, vitaminas K e A (presentes em grande quantidade no fígado dos peixes). Dentre as enzimas, as proteases constituem um dos grupos mais importantes, respondendo por 60% das vendas de enzimas no mundo. Ao lado das indústrias de alimentos, as proteases são extensivamente empregadas em detergentes, na produção de papel, nas indústrias de couros e na produção de cerveja, para hidrólise das proteínas responsáveis pela turvação. Portanto, a utilização de fontes protéicas baratas, como os subprodutos de peixe desperdiçados, pode constituir um promissor substrato para a obtenção de proteases microbianas de interesse biotecnológico. Além da possibilidade de se obter proteases dos resíduos dos peixes, esses constituem uma fonte rica em ácidos graxos poliinsaturados da família ômega 3, fornecendo benefícios para a saúde humana além da nutrição básica. Por não ser sintetizado pelo organismo humano, o ômega 3 é considerado essencial. No organismo humano, ele atua na síntese de prostaglandinas (substâncias reguladoras de processos inflamatórios e da coagulação do sangue), inibe inflamações características da arterosclerose, bronquite, asma e câncer. O omega 3 abaixa o nível de triglicérides e o colesterol total. O seu alto consumo pode retardar a coagulação sanguínea. Outra função importante do omega 3 é permitir que as vitaminas lipossolúveis A, D, E e K sejam absorvidas pela comida e regulam o metabolismo do colesterol. Em adição ao omega 3, o aproveitamento do fígado dos peixes (descartado junto com as entranhas), pode ser uma fonte de vitaminas A e K para o ser humano, principalmente na Amazônia, onde uma parte da população apresenta sintomas de avitaminoses (vitamina A, principalmente). |
Aparece nas coleções: | Econômica Tecnológica |
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