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Título: Produção de helicônias em assentamentos no Estado do Amazonas: Uma alternativa socioeconómica para transformar assentamentos em unidades rurais produtivas
Autor(es): Arlem Nascimento de Oliveira
metadata.dc.publisher.institution: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Cidade: Manaus
Estado: AM
Tipo: Econômica Tecnológica
Ano do Prêmio: 2006
Classificação: Sem Classificação
Palavras-chave: Helicônias
Produção
Descrição: A reforma agrária no Brasil, ao longo dos anos, foi conduzida mais como instrumento de redução de tensões sociais do que como parte de uma estratégia global de desenvolvimento socioeconómico do campo. Diante desse modelo e na impossibilidade de rentabilizar suas atividades produtivas, a maioria das famílias assentadas é obrigada a vender a um preço irrisório, seu pedaço de terra. Dados recentes mostram que, sem o repasse de verbas federais, hoje, 80% dos quatro mil assentamentos brasileiros deixariam de existir. A situação de total abandono dos assentamentos aliada à dependência das verbas governamentais tem contribuído significativamente para o surgimento das chamadas “favelas rurais” em todo o Brasil. Hoje, existe consenso de que uma política de desenvolvimento rural deve envolver não apenas o aspecto agrário, mas também o fortalecimento da pequena propriedade e da agricultura familiar, assim como a geração de mais e melhores postos de trabalho e renda no campo. Portanto, não é mais o elemento terra o centro das reivindicações atuais, e sim a democratização do acesso aos meios de produção agrícola e o direito de cultivar, colher, auferir renda e sustentar a família. Somente nesse contexto agrário será possível promover o desenvolvimento social, ambiental, técnico e econômico dos assentamentos rurais. Uma alternativa para tornar os assentamentos em unidades rurais produtivas seria aproveitá-los para cultivar flores e plantas ornamentais. Anualmente, a floricultura mundial movimenta cerca de US$ 100 bilhões, com uma área plantada de 380.735 hectares. No Brasil, esse mercado vem crescendo a uma taxa acima de 20% ao ano. Entretanto, nos últimos anos, as exportações brasileiras não têm ultrapassado os US$ 15 milhões (0,2% do total mundial), muito abaixo da demanda mundial que é de US$ 9,4 bilhões. Internamente, a movimentação financeira é de US$ 750 milhões, com uma área cultivada de apenas 5,2 mil hectares. Em termos de importação, a demanda brasileira é da ordem de US$ 8 milhões/ano.
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